quarta-feira, 27 de setembro de 2017

É impossível ser ecumênico?

Existe uma grande diferença entre respeitar e aceitar diferentes confissões de fé...
Confesso que sou um grande admirador do pastor Tiago Cavaco. Pela sua inteligência, por ser cristão, assim como eu e por sua postura punk. Sua firmeza e convicção, no que diz respeito a fé cristã é louvável. Mas ser inabalável na fé, geralmente nos leva a situações delicadas, principalmente nesta era do politicamente correto, e a questão do ecumenismo é uma delas. No seu sentido original o ecumenismo é a busca da união das diferentes organizações religiosas que professam a fé cristã. Neste sentido, é algo perfeitamente possível, viável e, até mesmo, necessário para o fortalecimento da cultura cristã no orbe terrestre. As diferenças rituais e de interpretação teológica são perfeitamente aceitáveis uma vez que são tentativas humanas de uma melhor compreensão de Deus e que não são absolutas em si mesmas. Neste caso o elo de ligação ecumênica é composto da ortodoxia cristã formando uma base solida para criar uma espécie de unidade nas diferenças e comunhão nos propósitos.

Por outro lado, quando se tenta aplicar a lógica do ecumenismo à todas as correntes religiosas e filosóficas, como meio de promover uma unificação do pensamento espiritual, isto se torna impossível, pois cada crença encontra-se alicerçada em um conjunto doutrinário diferente e tido como verdadeiro em cada grupo e ao abraçarmos uma confissão de fé e espiritualidade que divirja daquela que professamos isto se converte em uma negação da nossa própria fé. Neste aspecto, a prática ecumênica nos levaria a uma anulação coletiva de todos estes compêndios doutrinários, algo extremamente perigoso num mundo tão caótico e cada vez mais, desprovido de espiritualidade. 

Devemos entender, principalmente em se tratando da fé cristã, que o Evangelho é um conjunto de crenças firmes e basilares na existência de um Deus Soberano e na impossibilidade do ser humano, por seus próprios meios, estabelecer um relacionamento positivo e duradouro com este Deus. Cremos no pecado como um ato de rebeldia, comum a todos os homens que já nascem destituídos de qualquer ligação com seu Criador e que vivem numa condição de inimizade com este Deus, o que leva a humanidade a um estado de condenação que só pode ser revertida através de uma intervenção do próprio Senhor. Aceitar um ensinamento que descarte qualquer um desses fundamentos é impensável dentro do escopo da fé cristã.

Não obstante a tudo isto, a nossa crença também prega o amor universal o que nos leva a um posicionamento de respeito àqueles que creem de uma forma diferente da nossa. Mas devemos entender que respeitar e conviver não significa concordar e submeter-se. Uma das características do pensamento cristão é justamente a irredutibilidade do nosso conjunto de crenças e a insubmissão ao doutrinamento que nos leve a negar aquilo que cremos, ainda que isto coloque em risco a nossa integridade física. Pois, no nosso esforço para atingir o status de cristãos verdadeiros, levamos em consideração a regra de sempre agradar a Deus ainda que isto desagrade a humanidade.

Mais que uma religião bacaninha, o cristianismo carrega no seu bojo uma boa dose de subversão e contracultura, posicionando-se em contraponto aos valores éticos e morais do mundo moderno, sem no entanto, impor de forma tirânica, aquilo que cremos, pois ainda é o amor e a compaixão que norteia nossas ações. Sabemos e cremos que conhecemos a verdade revelada de Deus para a humanidade e temos o desejo de levá-la ao maior número possível de pessoas mas entendemos que isto não se dá por força ou coerção, mas pelo nosso testemunho de vida e fé inabalável. Para que esse testemunho possa ser eficaz precisamos resguardar nossos valores impedindo que eles venham ser contaminados por ensinamentos que contradigam os fundamentos da nossa fé em Jesus Cristo.

A conclusão que chegamos é que podemos conviver pacificamente com os contrários mas devemos resguardar o cerne daquilo que cremos, sem misturas que venham a turvar a cristalinidade daquilo que professamos. É evidente que o assunto não se encerra aqui e pode ser desdobrado em muitas outras pautas futuras, mas por hora é isto. Abaixo um vídeo do pastor Tiago a respeito deste assunto. É bem curto, sintético e eficaz. Grande abraço.


domingo, 24 de setembro de 2017

Underground Cristão #004 - Justa Advertência - Mateus 5-V-30

Pioneiros do Punk Rock cristão nacional, nada mais justo do que dar a esta banda o reconhecimento que ela merece
Se os anos 80 assistiram a explosão do rock nacional, nos anos 90 foi a vez do rock cristão. Um incontável número de bandas começaram a surgir e no cenário punk não foi diferente. É nesse clima de empolgação, impulsionados por ministérios underground e igrejas mais abertas, musicalmente falando, que surge uma das primeiras bandas de punk rock cristão que se tem notícia. A banda Justa Advertência.

Originários da cidade paulista de Campinas, Christian (baixo), Riuchard (Bateria e Vocal) e Elison (Guitarra e Vocal) traziam para os palcos um Punk Rock/Crossover simples, cru e direto com mensagens fortes e também bem humoradas. Era uma época difícil, pois se de um lado havia a rejeiçao do público secular ainda precisavam lutar contra o preconceito de dentro das igrejas que não aceitavam e tão pouco compreendiam a proposta dos garotos.

A banda participou da coletânea Refúgio do Rock com outras nove bandas e lançou um álbum no formato k-7, que é o objeto desta matéria. Além de músico no Justa, Christian era um dos editores do White Metal Detonation.

O K-7 Mateus V-30, lançado em 1996 apresenta um panorama bastante completo do som da banda. com letras fortes e bem humoradas, carregadas de descontentamento com a sociedade. Uma banda cuja mensagem soa muito atual mesmo após tantos anos que depois..

Apesar da pouca duração a banda, sua existência foi fundamental para a cena e junto com outros grupos da época, abriram caminho para o underground cristão nacional. O Material disponível na internet é bem escasso e distribuído de forma aleatória, mas existe uma playlist no Youtube com quase todas as músicas que estamos disponibilizando aqui.



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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

O que está acontecendo com os casamentos?

Não! Casamentos não irão resolver nossos problemas mas são o melhor exercício de convivência que existe.
Por mais que tentem afirmar o contrário, e até existam as exceções, homens e mulheres são seres que carregam tantas diferenças entre si que as vezes chega-se a pensar que é impossível colocar um homem e uma mulher debaixo de um mesmo teto.  No entanto, quis a sabedoria divina que está união fosse vital para a continuidade da existência humana e para fundamentar a sociedade num aglomerado que se denomina família. Quando um homem e uma mulher se unem, eles tipificam uma espécie de Reino de Deus em escala reduzida. No entanto, como este Reino é uma imagem embaçada do Reino verdadeiro, ele carrega consigo, as imperfeições e conflitos da natureza humana, decaída, pecadora e afastada do seu criador.

Estamos assistindo uma derrocada da instituição que convencionou-se chamar de casamento. Relacionamentos desfeitos na mesma velocidade em que são executados. Um desinteresse geral pelo assunto e uma ideia coletiva de que se trata de algo ultrapassado e sem sentido. O que ocorre, na verdade, é que o individualismo dos seres humanos tem distanciado, cada vez mais, homens e mulheres, além de uma tentativa inútil de fazer parecer que tanto homens quanto mulheres são seres idênticos, quando na verdade isto não é verdadeiro. Para piorar as coisas, com as chamadas ideologias de gênero, tratam as exceções como se fossem regras desvirtuando conceitos milenares de família que são a base da nossa civilização.

Neste jogo sórdido de fragilização do estofo basilar da espécie humana, invertem a demanda de poder jogando instituições familiares sobre a tutela, responsabilidade e designação do Estado, que é um poder posterior e portanto não pode definir ou legislar sobre as bases anteriores que lhe deram origem. Como ser racional e prático, não consigo conceber que motivação tem levado as pessoas a ingressar num caminho que aponta para a auto destruição da raça humana. Entretanto, como homem de fé, posso afirmar, sem medo de cometer equívocos, que se trata de um plano maligno, engendrado pelas forças do inferno, no sentido de impulsionar a criatura humana para longe de seu Criador.

Precisamos, com a máxima urgência, reavaliar nossos posicionamento frente a está problemática e examinarmos, com a máxima cautela, as raízes destas realidade decadente para, ao menos, tentarmos reverter o quadro sintomático da instituição do casamento, que jaz na UTI da história. Se não agirmos, enquanto ainda resta um fio, ainda que tênue, de esperança, corremos o sério risco de nos tornarmos uma espécie extinta. Pois se acabarmos com a família, teremos acabado com a espinha dorsal da humanidade que não poderá mais se manter de pé e certamente tombará.

Creio, ainda, que esta falsa busca por uma felicidade embasada em satisfações pessoais e materiais também é um dos fatores de enfraquecimento. Quando damos mais importância ao TER do que ao SER acabamos coisificando pessoas que passam a ter uma função única e exclusiva de satisfazer nosso ego inchado e doente. Pense Nisso!

Indo Além do Texto






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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Será possível construir uma sociedade livre e autônoma.

Será que numa sociedade sem a presença do Estado as coisas seriam melhores do que são ou é só mais uma utopia?
Olhe para o Brasil. Mas olhe atentamente. Observe as pessoas e perceba como elas são criativas, como conseguem sobreviver, mesmo nas piores condições. Ande pelas ruas das grandes cidades e veja a quantidade de homens, mulheres e crianças que vivem e moram nas ruas. Mas mesmo assim estão lá, vivos, dia após dia, ainda esperançosos. Agora voe para os grandes aterros sanitários e se depare com centenas de homens, mulheres e crianças, garimpando alguma coisa de valor para transformar em um pouco de proteína, para permanecerem vivos. Em seguida, coloque um colete a prova de balas e faça uma incursão nas comunidades onde o medo é uma constante e a ordem é mantida pelos criminosos, e no entanto, homens, mulheres e crianças sobem e descem as escadas todos os dias par continuar sendo cidadãos do bem.

Todos sabemos que o Brasil vive uma situação de precariedade absoluta, onde a criminalidade aumenta a cada dia, a falta de segurança afeta a todos em todos os lugares, a saúde pública se transformou num caos, a educação é pífia, os salários são baixos e o custo de vida é exorbitante. O Estado que deveria garantir aos cidadãos, seus direitos básicos, simplesmente não o faz pois, os que manipulam a máquina estatal usam o dinheiro arrecadado dos tributos impostos à sociedade, em benefício próprio, através de um conluio político imoral. Ma e se este mecanismo regulatório deixasse de existir, ou pelo menos fosse reduzido a um mínimo suportável. Quais as consequências de uma mudança tão drástica num país como o nosso. Resposta: Caos. Um grande, profundo e turbulento oceano de desespero e obscuridade. Mas calma, não se assuste, com o tempo as coisas se ajeitam.

Vamos divagar um pouco numa situação: Uma empresa tem cem funcionário que recebem mil reais de salario cada um, então a empresa tem uma despesa de cem mil reais com a folha de pagamento. Certo? Não, a empresa tem uma série de encargos e despesas para manter estes funcionários e ela tem uma despesa de duzentos mil reais mensais com seus cem trabalhadores. Os funcionários também não recebem os mil reais integrais, pois com os descontos acabam recebendo somente R$ 900,00 (este cálculo é por cima, na prática eles recebem menos) Digamos que cada funcionário destes 900 que ele vai gastar, quarenta por cento será para os impostos que somarão R$ 360,00 além de outras taxas, então podemos arredondar para R$ 400,00 reais. O que sobra, e eu estou sendo otimista são R$ 500,00 ao mês. Agora vamos imaginar uma sociedade sem a figura do estado e sem os impostos. Esta empresa poderia pagar um salário de R$ 1.500,00 e ainda assim ter uma redução na sua despesa na ordem de cinquenta mil reais mensais. e cada trabalhador teria um ganho real de R$ 1.000,00 a mais. Lógico que estes números são hipotéticos mas isto é apenas para se ter uma ideia do quanto cada um de nós é roubado pelo estado.

Certo, agora você deve estar pensando: mas e a segurança, a saúde, a educação? Como ficam? Vamos por partes: Segurança: contratamos empresas de segurança. Já fazemos isto, justamente porque o estado não consegue nos fornecer a segurança que precisamos. Saúde: com mais dinheiro no bolso podemos pagar. E num sistema assim, as clínicas populares são inevitáveis além do fato de serem muito lucrativas. Educação: segue o mesmo princípio, sem cartilhas doutrinárias e com a opção de escolher aquela que melhor se encaixa em nosso conjunto de valores. A verdade é que, numa sociedade livre, o empreendedorismo sempre irá beneficiar aqueles que fazem melhor e com mais dedicação. Melhor do que ter direitos que não são respeitados é ter acesso. Por exemplo: de que adianta os cidadãos brasileiros terem direito a saúde mas esta ser de péssima qualidade, seria bem melhor ter o acesso, isto é, as condições de pagar e escolher um serviço.

Parece utopia, construir uma sociedade assim, não é mesmo? Concordo que é uma tarefa quase impossível e praticamente improvável mas não deixa de ser uma possibilidade. Acontece que para esta possibilidade se tornar realidade existem uma série de barreiras que devem ser transpostas. A primeira delas é cultural. Vivemos numa sociedade dependente do estado, regulamentada pelo estado e controlada por este mesmo estado. Para que surja uma sociedade nestes moldes, o primeiro passo é apresentá-la as pessoas. Uma sociedade onde a liberdade de cada indivíduo é respeitada indiferente de qualquer coisa. Onde aqueles que pensam de uma determinada forma podem formar suas próprias comunidades que permanecem abertas a quem desejar conhecer. O crime não é apresentar uma ideia revolucionária, o crime é tentar impedir que ela seja exposta para apreciação.

Este assunto não termina aqui... existem muitas variáveis a serem consideradas que não cabem em um único texto, mas isto é assunto para outra postagem. Até lá, espero ter dado um start para que você, no mínimo, se atenha ao assunto. Grande abraço.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

A Arte de Odiar a Arte

Eles patrocinam o que não é para que você odeie o que realmente é!
Arte é, na sua etimologia, a técnica empregada para realizar alguma coisa. Com o tempo ascendeu ao status de designar um tipo de técnica relacionada à produção de objetos com beleza estética, ou aquilo que é esteticamente agradável aos sentidos humanos. A arte também é uma manifestação filosófica da estética perfeita que apresenta, de forma cognitiva, uma visão do autor daquilo que é agradável e belo. Esta manifestação é individual. A arte parte do indivíduo que através do seu talento natural e das técnicas absorvidas demonstra de forma magistral a sua visão pessoal das coisas, do mundo e do ideal de beleza e existência. Quando ouvimos uma peça de Bach, Chopim e muitos compositores clássicos, estamos ouvindo a expressão do ego destes indivíduos que demostram para nós a sua visão individual do que é um ideal de música. O mesmo acontece com a pintura, a escultura, e outras formas de arte.

Esta produção artística que parte do indivíduo acaba por formar em cada ser, gradativamente, uma consciência ética e estética, que liberta a mente e a alma. Quando temos a consciência do belo, caminhamos para a transcendência do indivíduo em direção ao perfeito e eterno. A arte serve então de ponte para um estágio superior da consciência que se torna livre e percebe a existência de um modelo absoluto. Ao se deparar com o absoluto, cada indivíduo deixa de se submeter ao que é relativo e isto não interessa para quem detêm o poder ou está no comando ou ainda, que deseja o poder.

Foi exatamente isto que a intelligentsia percebeu. A arte pura minava seus anseios coletivistas de domínio. Mas como impedir que os indivíduos consumissem esta arte que os levaria a romper a submissão. Proibir seria um tiro nos pés, pois todos sabemos que proibições geram interesses e procura. A técnica adotada, e devo reconhecer que é brilhante, foi fazer as pessoas perderem o interesse pela arte. Como? Patrocinando e exaltando o que não é arte. Paulatinamente o establishment estatal foi elevando a categoria de grandes artistas uma safra de produtores de lixo. Isto levou as pessoas a ter uma visão distorcida da arte e com o tempo uma aversão a esta. E hoje chegamos a um estágio onde aqueles que produzem a verdadeira arte do belo, do esteticamente perfeito e do crescimento libertador estão relegados aos subterrâneos. 

Só que, todo sistema possui uma falha...  Mas isto é uma outra história...

Para elucidar melhor este assunto, deixo aqui o vídeo que me levou a escrevê-lo.


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Cinquenta postagens - Meta de 2017 cumprida!

Uma meta de crescimento, independente da área, não deve ser facilmente alcançada e nem impossível de ser atingida
Um método bastante eficaz de conseguirmos crescimento em qualquer área de nossa vida é o estabelecimento de metas. Com isso cria-se uma espécie de escada. Subir, ou descer uma escada implica em galgar um degrau por vez para evitar riscos desnecessários. Com nossos projetos pessoais, profissionais, espirituais, relacionais e todo um cabedal de rumos desejados, não é diferente. Uma meta por vês. Mas entenda: isto não quer dizer que você só poderá ter uma atividade a cada passo. Não é isso, na sua meta estabelecida, podem co-existir inúmeras atividades que fazem parte de um mesmo alvo a ser atingido. Mas para que isto funcione é preciso planejamento.

No final de 2016, encerrei o ano com 35 postagens neste blog, sendo que, em 2015 havia feito 42 postagens. Foi preocupante, pois foi um resultado negativo. Foi quando percebi que estes números fracos eram o resultado de uma falta de objetividade e de metas a serem atingidas. Então pensei e estabeleci um alvo de cinquenta postagens para 2017. Um alvo atingível, pois bastaria uma postagem por semana, porém não tão simples pois demanda uma certa disciplina na produção do conteúdo. Bom, agora que já possuía a meta, era necessário estabelecer o método. Afinal, de nada vale ter um objetivo sem saber como alcança-lo.

É neste ponto que muitos projetos encalham. Ideias excelentes com metas bem definidas mas sem um método de como alcançá-las. No meu caso, o método consiste em manter uma periodicidade, reservando um tempo determinado para as tarefas, além de escrever material extra para suprir alguma eventualidade que venha a surgir no meio do caminho. Também entendo que não se trata apenas de alcançar a meta mas sim atingir o objetivo. Ou seja, de nada vale ter uma meta sem um objetivo claro e definido. No meu caso, isto quer dizer que: Não quero apenas produzir 50 postagens, mas sim 50 conteúdos que sejam relevantes e qualitativamente aceitáveis. Este é um processo bem mais difícil que requer um aprendizado constante. Neste ponto, ouvir críticas, se inspirar nos casos de sucesso e ser honesto, são práticas fundamentais. Por esta razão, eu não produzo nenhum conteúdo que seja contrário aquilo que eu creio, pois seria rapidamente percebido. É como aquele vendedor que tenta te empurrar um bem ou serviço que ele não acredita ser útil. Vão lhe faltar argumentos

Finalmente, depois dos passos anteriores é necessário partir para a ação, colocar o plano em prática para evitar a criação de uma gaveta de idéias geniais que nunca foram levadas a cabo. Muitas ótimas ideias morrem neste ponto. A meta é possível, o método é viável mas o empreendimento não é sustentável. Já desisti de muitos planos por falta de empenho pessoal. Depois de um tempo vi alguém colocando uma ideia igual ou semelhante em prática e aí vem um arrependimento que não é nada agradável.

Mas nada disso funcionaria sem alguém que compre o seu trabalho. No caso do blog, não teria nenhum sentido manter este trabalho se não houvessem leitores. Então, esta postagem é para te agradecer, por estar nos acompanhando e partilhando das ideias, por nos ajudar a melhorar com seus elogios e suas crítica e nos posicionar mais firmemente naquilo que é relevante para o consumidor e não nos deixar desistir. Obrigado e um grande abraço.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

O Caso Santander e a Eminente Queda da Civilização

Será que estamos assistindo os últimos instantes da humanidade? E creio que sim, e você?
Há poucos dias, assistimos a um episódio que mexeu com os brasileiros, em todos os aspectos. Foi a exposição Queermuseu organizada pelo espaço Santander Cultural que fica no centro histórico de Porto Alegre, RS. Não vou entrar aqui nos méritos e desméritos da exposição, pois isso já foi amplamente discutido. Com relação ao material exposto existe lei para isso, basta aplicar. Então vamos lá.

O artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente classifica como crime a divulgação de material que contenha imagens de crianças em situações de contexto sexual, também diz que é crime expor crianças a imagens de sexo explícito (haviam crianças visitando a mostra acompanhada de professores) e por aí vai. Tais crimes são passiveis de detenção estipulada no referido artigo.

Já o artigo 208 do código penal afirma ser crime vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso. Perceba que os dois crimes foram praticados no local da exposição e isso por si só já bastaria para o cancelamento da mesma e prisão dos organizadores. Não é uma questão de intolerância, homofobia, ultra conservadorismo, etc. É uma questão de Lei.

Mas vamos em frente. A ensaísta, crítica de arte e crítica social americana, professora da University of the Arts em Philadelphia, Pennsylvania, desde 1984, acadêmica e Ph.D pela Universidade de Yale, Camille Anna Paglia que também é feminista, homossexual e ateia, baseada em estudos sérios afirma que esta explosão transgênero é uma característica histórica que precede o fim de grandes civilizações e após este fim, homens voltam a ser homens, mulheres voltam a ser mulheres para que uma nova civilização possa surgir. No final da postagem há um vídeo onde ela mesma afirma isso.

Um dos argumentos dos defensores dessas mudanças todas é que na antiguidade era comum as praticas que agora são consideradas abusivas. Então, a humanidade evoluiu e foi percebendo que estes atos eram cruéis, principalmente em se tratando de crianças, que no consenso são indefesas. Mas agora parece que temos um retrocesso destes valores que ergueram a civilização ocidental. Ora, se os valores que levantaram uma civilização são colocados de lado o caminho natural desta mesma civilização é cair.

Esta exposição que causou tanto espanto, na verdade é um pálido reflexo de algo muito maior que permeia a sociedade contemporânea, que é a falência dos valores éticos e morais que vem corroendo a existência humana. Não fosse pelo fato dela ser financiada com o meu e o seu dinheiro, ela passaria despercebida. O grande, e maior problema é justamente o fato de financiarmos aquilo que não aprovamos sem ao menos sermos consultados. Este sim é um problema bem mais sério. Faça o que você quiser com seu dinheiro, mas não me obrigue a fazer o que eu não quero, com o meu.

Sou contra financialmente público para o que quer que seja, inclusive para o que eu aprovo, pois não quero carregar a culpa de ter gasto o dinheiro de outras pessoas, contra a vontade deles, em algo que eu quero fazer. Afinal, foi para isto que foi inventado o financiamento coletivo.

A opinião de Camile



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