segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

A Indústria da Música Está em Crise. Que Ótimo!!!

Desde que o formato MP3 (conheça a história) chegou ao consumidor final, em 1995, a indústria da música vem reclamando da "pirataria" e dos prejuízos que a prática de compartilhar música tem gerado, e para nos convencer invoca até os "santos" dos Direitos Autorais, etc, etc, etc. Muitos artistas do mainstream também se engajam nas campanhas para conscientização. Mas a pergunta que não quer calar é: Quem perde dinheiro com a distribuição digital? Resposta: A indústria! E eu te afirmo que isto é muito bom!

Antes que você promova um ataque, contra minha pessoa, apelando para as milhares de pessoas que trabalham na indústria da música e sustentam suas famílias, permita-me compartilhar partes de uma entrevista com Steve Albini (Não conhece? Deveria!) onde ele explica como funciona a indústria da música. Se desejar ler todo o keynote ai vai o link. Mas vamos em frente.

"A indústria musical era essencialmente a indústria dos discos, em que discos e rádios eram os caminhos através dos quais as pessoas conheciam música e principalmente, a experimentavam." Perceba que a indústria da música foi formada em cima de um bem de consumo (o disco) e utilizava uma estratégia de marketing (o rádio) para impulsionar o consumidor a adquirir o produto. "Gravar era uma empreitada rara e cara, então não era comum. Até a tua demo requeria um investimento considerável." Os custos de produção e distribuição eram extremamente altos e o poder tecnológico e financeiro para isso estavam nas mãos da indústria e, consequentemente dos industriais. "Rádios eram muito influentes. Era o único lugar para ouvir música de qualquer artista e as gravadoras pagavam bastante pra influenciá-los." É aqui que a porca torce o rabo. Tudo o que chegava ao consumidor era exatamente o que a indústria decidia que deveria chegar e isto implicava em muito jabá (pratica de pagar para que determinadas músicas fossem executadas nas rádios e posteriormente na TV).

Perceba que até aqui, tudo que foi mencionado é: indústria, rádios, TV, custos, consumidor, produto e por aí vai! Em nenhum momento mencionamos os termos músicos e ouvintes. Pois é, pois é, pois é: Neste processo produtivo e lucrativo o músico é o que menos ganha e o ouvinte é o que banca tudo mas nenhum dos dois é consultado no processo. Mas calma lá, mesmo antes da internet, uma galera começou a perceber que isto poderia ser diferente. Meu Deus! Quem foram estes gênios? Pasmem! Foram os punks. Estes mesmos, com seus cabelos espetados, roupas rasgadas que mostram o dedo do meio para tudo e todos, foram eles que decidiram mandar a indústria para aquele lugar e por em prática o famoso Faça Você Mesmo (DIY). Foram eles que ensinaram ao mundo que era possível gravar por conta própria e distribuir fora do sistema e informar de forma alternativa através dos fanzines.

Mas até aí a indústria não estava sendo incomodada e até se valia da cena underground para buscar novos possíveis produtos através de seus olheiros. Mas uma revolução estava prestes a começar. É a revolução digital. O grande barato da revolução é que: tudo o que era pesado e caro foi transformado em um conjunto de zeros e uns formando bits e bytes que levaram o alto custo lá embaixo e com a internet e as suas possibilidades de compartilhamento, a comunicação entre músico e ouvinte passou a ser direta eliminando todo o monumental intermediário que havia antes. "Num piscar de olhos, a música passou de rara, cara, disponível só em mídias físicas e ambientes controlados, para ser ubíqua e de graça. Que evolução incrível!" E é incrível mesmo, pois quem ganhou com isso foi o público e os artistas. É lógico que a indústria não curtiu a ideia e iniciou uma campanha para criminalizar a distribuição gratuita mas creio que este é um caminho sem volta. Mas espere aí! Nós estamos falando de um cenário norte americano e norte europeu. Mas e no Brasil?

Não é diferente! A diferença talvez seja quantitativa no que diz respeito a cultura de consumo em nossas terras tupiniquins. Uma grande parte da população brazuca ainda está habituada a consumir o que a grande mídia espalha através das rádios e TVs. O mainstream, por aqui, ainda é muito forte, talvez pela nossa herança de dizer sim aos coronéis. Mas nem tudo está perdido. Existe um universo underground e independente bastante ativo na nossa amada colônia. Não é um grande público mas é o suficiente para manter o movimento e graças a globalização da informação, hoje, temos artistas com seus trabalhos atingindo públicos fora do Brasil.

Por isso que eu repito. Que bom que a indústria da música está em crise. Quem sabe, a partir dessa crise, os músicos, os artistas possam viver da sua arte sem vender a sua honra, e o público possa desfrutar da arte e pagar, sim, pelo que quer e gosta e não pelo que lhe é imposto e cheio de impostos.

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Nota: O Keynote de Steve Albini foi traduzido por Janaína Azevedo Lopes.

sábado, 31 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016

Fala galera! Chegamos ao final de mais um ano e confesso que 2016 foi um ano muito louco onde aconteceu de tudo. 



Política


Tivemos o impeachment de uma presidente, prisões, corrupção, mais prisões, delações, gente sendo solta tentativas de impedir as investigações e chegamos ao último dia do ano com uma certeza: Politicamente o Brasil está podre. Não há muito o que fazer nesta área. Creio que a melhor solução é dar um reboot, trocar todo mundo. Nem esquerda, nem direita.

Esportes


Tivemos as olimpíadas. Muitos esperavam um fracasso mas tenho que reconhecer que foi uma bela festa e deu aquela pontinha de orgulho de ser brasileiro. Ainda no meio esportivo passamos pela tragédia da chapecoense. Mas a vida continua.

Cinema


As gratas surpresas ficaram por conta do ótimo Deadpool, Rogue One, Cap América 3 (Guerra Civil) e Dr. Estranho e as decepções foram Batman Vs Superman, Esquadrão Suicida e Alice Através do Espelho. Mas cinema é mesmo assim.

Música


Não escutei nada este ano, exceto o excelente EP da banda curitibana Legacy Of Kain.

Personalidades


A lista é grande e muita gente boa, deixou este mundo: Entre os principais, para mim estão: o camaleônico David Bowie, o hilário Shaolin,  o dono da voz Caubi Peixoto, o cinematográfico Hector Babenco, o cirúrgico Ivo Pitangui, o pequeno Kenny Baker (mais conhecido como R2-D2), o fantástico Gene Wilder (eterno Wonka), o músico Greg Lake e a eterna princesa Carrie Fisher.

Conclusão


Não foi um ano fácil. Muita insegurança, intolerância, violência, escândalos, desemprego, perdas e aponta para um 2017 não muito diferente. Mas temos que ser otimistas e seguir em frente afinal somos brasileiros e não desistimos tão facilmente assim.

Feliz 2017...

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Modos e Estilos #013 - AC/DC - High Voltage

Sinceramente falando, eu não me lembro qual foi o primeiro álbum do AC/DC que eu comprei, mas sei, muito bem, qual foi o que me impactou mais! High Voltage! E é sobre este disco que vamos conversar.



Existem dois álbuns da banda com este título: o primeiro é o disco de estréia e foi lançado em 17 de fevereiro de 1975, somente na Austrália. Não é deste disco que vamos falar mas da versão internacional lançado em 14 de maio de 1976 e que trás faixas do primeiro High Voltage e do T.N.T (ambos lançados apenas na Austrália). Trata-se de uma compilação que mostra toda a força da jovem banda e que imediatamente cai no gosto da garotada.

Participam do trabalho: Bon Scott (vocal), Angus Young (guitarra), Malcom Young (guitarra), Mark Evans (baixo) e Phill Rudd (bateria). Com esta formação é que são gravados os três primeiros discos com distribuição internacional: High Voltage, Dirty Deeds Done Dirt Cheap e Let Ther Be Rock.

Trata-se de um álbum bastanta energético, puro rock, com riffs colantes e levadas simples. As letras são na maioria adolescentes e falam de festas, fama, mulheres, bebidas e jogatina. Não existe nenhuma pretensão de ser profundo ou conscientizador. A ordem aqui é divirta-se o mais que puder. Não há exageros, os solos de guitarra estão na medida exata, baixo e bateria cadenciados e vocal típico das bandas de hard rock. Enfim, uma banda que sabe exatamente o que está fazendo.

Músicas:


01 - It's A Long Way To The Top (If You Wanna Rock 'n' Roll) - Batida constante, riff pegajoso, gaita escocesa, refrão puro anos 70 e guitarra solo no momento certo. A música fala da difícil caminhada para se tornar um astro do rock.
02 - Rock 'N' Roll Singer - O bacana do AC/DC é a simplicidade. Riff de quatro notas, solo visceral , batida constante e o refrão grudento. Também fala sobre o mundo do Rock'n Roll. Uma delícia para os ouvidos.
03 - The Jack - Blues arrastado daqueles que mexem os músculos e os nervos. A música fala de uma partida de Poker do inciante com a experiente. O duplo sentido faz bastante sentido na música. Um clássico presente em todos os shows da banda.
04 - Live Wire - O baixo marcado e constante, numa única nota entrecortado pela guitarra que apenas toca acordes simples. Bateria entrando aos poucos e a batida cadenciada vai ganhando corpo. Música de estrada. Deve ter sido escrita em alguma interminável estrada australiana. Show de bola.
05 - T.N.T - Esta é clássica e mostra que a banda era uma fabricante de hits, desde os primeiros passos. Resumindo simplesmente explosiva para detonar seus neurônios.
06 - Can I Sit Next To You Girl - Música de adolescente que perde a garota para outro cara. Puro rock´n roll. Muito boa mesmo. A guitarra é genial e da um clima de comédia o tempo todo. Cine Pipoca.
07 - Litle Lover - Mais um blues desta vez falando de garotas e sexo. A velha história da garota que o cara se apaixona e depois "some". Música de duplo sentido com uma pegada muito boa.
08 - She´s Got Balls - Rock de qualidade pra contar a história do garoto que conhece uma mulher bem mais experiente do que ele e fica todo bobo. Muito boa a música.
09 - High Voltage - Perfeita para encerrar este álbum e deixar aquele gosto de quero mais.

Conclusão


High Voltage é daqueles álbuns de estreia que te fisgam na primeira audição. Não é a toa que os caras estão na estrada até hoje mantendo os velhos fãs e conquistando novos. Audição obrigatória e faz parte da discoteca básica do rock.


quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Um Conto de Natal...


Faltavam poucos dias para o Natal. A ruas da Cidade dos Portos estavam enfeitadas com milhares de luzes coloridas que piscavam ao ritmo de canções natalinas. Haviam pessoas de todas as etnias e idades que caminhavam pelas longas e largas calçadas da área comercial. Nos bares e restaurantes as músicas e as vozes misturavam-se ao som de louças e talheres. Vez por outra alguém mais exaltado pelo consumo exagerado de álcool era convidado e se acalmar ou então se retirar para o posto da guarda onde haviam leitos e atendimento médico. Centenas de olhos eletrônicos cuidavam para que nenhuma anomalia interferisse nas comemorações e no consumo de homens e mulheres que haviam trabalhado ao longo do ano e agora só desejavam se divertir.

Há algumas quadras, longe do burburinho festivo, Pietro estava em seu quarto, atrás da sede do informativo local, alheio a movimentação festiva tipica daquela época. Era um tempo difícil que não lhe trazia nenhuma esperança. Longe da família e praticamente sem amigos, sua companheira era uma seringa que usava para injetar cocaína na veia e tentar, na euforia da substância, livrar-se das amarras das lembranças passadas. Na tela do tablet, o apresentador de um programa musical anunciava vídeos de bandas cristãs. Pietro não tinha nenhum tipo de ligação religiosa mas gostava do programa por conta das músicas e não das mensagens.

Normalmente quando o programa terminava Pietro desligava o tablet e ia fazer outra coisa como: sair e ir para um bar. No entanto naquele domingo de 22 de dezembro não desligou o aparelho. Após o programa musical começou um programa de uma instituição religiosa que, ele não deu atenção. Apenas seguiu em frente em mais uma seringa. A medida que o programa transcorria começou a prestar a atenção no que a apresentadora falava e percebeu que ela falava de sua vida. Ficou impressionado pois ela mencionava detalhes de sua existência conturbada. Em dado momento ele chegou a pensar que estava tendo alucinações mas a moça na tela seguia firme. Sua atenção estava totalmente focada naquela mulher quando ela lhe fez o convite.

"Não estou te convidando a mudar de religião ou frequentar esta ou aquela igreja. Estou te propondo deixar Jesus cuidar de você e da sua vida ,deixar que Ele assuma o controle. Faça uma experiência com Cristo deixe que Ele guie seus passos!"

Quando se deu conta, Pietro estava de joelhos banhado em lágrimas repetido a frase: "Eu quero Jesus!". Pietro talvez ainda não soubesse mas havia recebido o melhor presente de Natal de sua vida.

domingo, 18 de dezembro de 2016

Então é Natal... E ano novo também...

Chegamos a mais um mês de dezembro e com ele as tradicionais comemorações do Natal e as controvérsias em torno do tema.

Outro dia encontrei com uma pessoa que segue uma determinada religião que despejou um leque de argumentos contra o Natal reiterando que Jesus não nasceu em dezembro e que a data é só um comércio e que a figura mais importante é o Papai Noel que só serve para fomentar o consumo e blá, blá, blá!

A questão é a seguinte: ninguém sabe o dia do nascimento de Jesus mas isso não pode ser um empecilho para comemorarmos seu nascimento, e a tradição cristã acabou incorporando a data de 25 de dezembro para realizar esta comemoração. Então qual o problema? Vamos comemorar sim, encher nossas casas de luzes, montar um presépio, entoar canções de louvor ao nosso Deus, trocar presentes e cear com Ele lembrando que Ele veio a este mundo para dar seu corpo e seu sangue pelos nossos pecados. Pare de ficar demonizando datas e épocas pois o tempo e os dias pertencem a Deus que é Senhor de todas as coisas quer no passado, quer no presente e também no futuro.

Quanto ao Papai Noel, aproveite para contar a história de São Nicolau que foi um bispo católico extremamente devoto que abriu mão de seus bens para atender as necessidades dos pobres. Um crente fiel que foi preso por não negar sua fé em Jesus Cristo.

Vamos parar com todo este mimimi e vamos comemorar o Natal com músicas de louvor ao nosso Deus. Feliz Natal a todos e um 2017 repleto de alegrias. Para encerrar,curte ai a cançao de Natal da minha banda.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Modos & Estilos #012 - Kiss - Destroyer

Não tive muita coisa do Kiss em minha coleção mas o álbum Destroyer foi um deles. Pelo que me recordo foi o primeiro álbum do quarteto que eu adquiri. Este disco me fez curtir a banda e tem ainda uma história interessante. Na época, eu gostei tanto que comprei mais um para dar de presente a uma garota chinesa que eu namorava, só que ela não era uma apreciadora de rock. Foi engraçado ver ela tentando disfarçar a decepção ao receber o presente. Mas vamos ao que interessa.




Destroyer foi o quarto álbum de estúdio da banda e foi lançado, após o fantástico Kiss Alive, em 15 de março de 1976. Foi gravado em duas etapas: de 3 a 6 de setembro de 1975 no estúdio Eletric Lady e entre janeiro e fevereiro de 1976 no Record Plant Studio. A produção ficou a cargo de Bob Ezrin, que já havia produzido para Alice Cooper. Foi um relacionamento difícil com o gênio forte de Ezrin mas a escolha foi acertada e resultou num trabalho de extrema qualidade.

Contou com a formação clássica da banda: Paul Stanley (guitarra e vocal), Gene Simmons (baixo e vocal), Ace Frehley (guitarra solo) e Peter Criss (bateria e vocal). Estima-se que tenha vendido algo em torno de 6 e 7 milhões de cópias.



Em 2012 o álbum foi relançado com o nome de Destroyer Ressurect, contanto com a versão original do desenho da capa que é num tom mais sombrio do que a versão azul lançada em 1976. Mas vamos as músicas.

Detroit Rock City - A faixa inicia com sons que remetem a alguém que está saindo de carro, no rádio música da banda dos álbuns anteriores. Aos poucos a música vai crescendo numa levada poderosa de um hard rock da melhor qualidade. A letra é simples e fala sobre as diversões noturnas. O solo é simples, porém marcante. A batida constante da bateria mantém o clima de velocidade pelas ruas de Detroit. Encerra com uma batida de carro. Foi lançada no formato single em julho de 76. 

King of the Night Time World - Simplesmente sensacional, Riffs em cima do pedido, batida rápida num rock'n roll da melhor qualidade. Fala sobre as revoltas adolescentes em lares desconsertados. A busca da felicidade está na festa e na música onde o jovem vira rei. Ótima faixa.

God of Thunder - Vozes infantis, sons incidentais e um riff bem construído. O tema busca o lado sombrio do rock, recurso utilizado por muitas bandas mais como marketing do que por convicção. Um bom trabalho de guitarra e um vocal ameaçador.

Great Expectations - Primeira balada do álbum fala de desejos, principalmente sexuais. Os arranjos são muito bem elaborados com vocais bem equilibrados. Da uma grande guinada no ritmo do disco. Conta inclusive com um coral e orquestração.

Flaming Youth - De volta ao ritmo alucinante do álbum esta música é um hino de convocação que fala sobre a força da juventude e desafia as gerações anteriores. Musica rebelde para conquistar jovens e adolescentes.

Sweet Pain - Música média e bem feita fala de dominação e relacionamento mais baseado na força do que no amor propriamente dito.

Shout It Out Loud - Outro grande sucesso da banda. Mantem a pegada do disco, musica para dançar (na época). Um convite para deixar tudo de lado e simplesmente se divertir sem pensar mito em consequências.

Beth - Um dos maiores sucessos da banda, esta balada romântica com arranjos de piano e orquestra mostra o lado musical que estava se desenvolvendo nos garotos da banda. A letra fala da escolha pela fama que sempre acaba sacrificando relacionamentos e destruindo outros sonhos. Simplesmente sensacional.

Do You Love Me? - É a musica de encerramento. A esta altura toda a fama que os rapazes estavam conquistando traziam consigo muita gente interessada no poder da fama e não no famoso. A pergunta é: você está comigo por amor ou pelo que eu posso lhe comprar? É o preço de se tornar rico e conhecido. Excelente música.

Rock And Roll Party (untitled) - Faixa bônus, na versão original apenas uma faixa sem título. Brincadeira de estúdio com vozes sons e efeitos captações ao vivo convidando para uma festa de rock.

Conclusão


Destroyer é um disco muito bem produzido que mostra uma grande evolução musical dos membros da banda, em parte devido a produção de Bob Ezrim. É um álbum obrigatório em qualquer discoteca básica de rock. Curta ai...


sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

C'est La Vie, Greg Lake...

Neste dia 8 de dezembro de 2016, o músico inglês Greg Lake faleceu aos 69 anos, após uma longa e intensa luta contra o câncer.



Greg Lake nasceu em 10 de novembro de 1947 na cidade portuária de Poole, Condado de Dorset, litoral sul da Inglaterra. Iniciou sua carreira musical em 1967 em uma banda local chamada "Teak And The Smokey" que fez bastante sucesso em Dorset e que ficou em turnê por seis meses. Depois tocou numa banda chamada "The Gods" junto com os futuros membros do "Huriah Heep". Em 1968, aceitando um convite de Robert Frip, antigo amigo de escola, fundou o King Crimson. Foi nesta banda que Greg trocou a guitarra pelo baixo.



Greg participou do álbum de estréia do King Crimson,  In the Court of the Crimson King, tocando, compondo, cantando e inclusive produzindo. A banda saiu em turnê pelos Estados Unidos junto com a banda The Nice que contava com o tecladista Keith Emerson, Após o fim desta turnê, em abril de 1970, Greg deixa o Crimson e junta-se a Keith Emerson e ao baterista Carl Palmer para formarem o "Emerson, Lake & Palmer"



Ainda em 1970, lançam o primeiro álbum da banda intitulado Emerson, Lake & Palmer. Este disco conta com o mega sucesso Lucky Man, composta por Greg Lake ainda nos tempos de escola. No ELP, Lake contribuiu com sucessos da banda como: The Sage, From the Beginning, Still... You Turn Me On, C'est la vie, I Believe in Father Christmas entre outras. Com o fim do ELP no início dos anos 80 Lake participou do Asia, do Emerson, Lake And Powell (com Cozy Powell na bateria) e lançou discos solo. 

No início dos anos 90, o ELP se reuniu novamente lançando dois álbuns:  Black Moon e In the Hot Seat. Em 1998 o grupo dissolveu-se mais uma vez.

Em 2005 Greg reaparece na cena com sua nova banda: a Greg Lake Band. Fazem uma turnê e lançam um DVD que é bem recebido pela critica e pelo público. No entanto,em 2006 o projeto é interrompido em virtude de problemas gerenciais.



Greg ainda fez participações com artistas famosos. Finalmente após uma longa batalha contra o câncer, Greg foi vencido pela doença e nos deixou em 8 de dezembro de 2016.

Seu legado ficou para as gerações futuras. Um grande músico, compositor e intérprete que fez história no rock mundial e ajudou a popularizar o rock progressivo. Nem sempre foi compreendido e chegou a ser criticado em algumas fazes. Hoje observando sua obra percebemos que Greg não estava preso a um rótulo. Adeus Greg...