sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

C'est La Vie, Greg Lake...

Neste dia 8 de dezembro de 2016, o músico inglês Greg Lake faleceu aos 69 anos, após uma longa e intensa luta contra o câncer.



Greg Lake nasceu em 10 de novembro de 1947 na cidade portuária de Poole, Condado de Dorset, litoral sul da Inglaterra. Iniciou sua carreira musical em 1967 em uma banda local chamada "Teak And The Smokey" que fez bastante sucesso em Dorset e que ficou em turnê por seis meses. Depois tocou numa banda chamada "The Gods" junto com os futuros membros do "Huriah Heep". Em 1968, aceitando um convite de Robert Frip, antigo amigo de escola, fundou o King Crimson. Foi nesta banda que Greg trocou a guitarra pelo baixo.



Greg participou do álbum de estréia do King Crimson,  In the Court of the Crimson King, tocando, compondo, cantando e inclusive produzindo. A banda saiu em turnê pelos Estados Unidos junto com a banda The Nice que contava com o tecladista Keith Emerson, Após o fim desta turnê, em abril de 1970, Greg deixa o Crimson e junta-se a Keith Emerson e ao baterista Carl Palmer para formarem o "Emerson, Lake & Palmer"



Ainda em 1970, lançam o primeiro álbum da banda intitulado Emerson, Lake & Palmer. Este disco conta com o mega sucesso Lucky Man, composta por Greg Lake ainda nos tempos de escola. No ELP, Lake contribuiu com sucessos da banda como: The Sage, From the Beginning, Still... You Turn Me On, C'est la vie, I Believe in Father Christmas entre outras. Com o fim do ELP no início dos anos 80 Lake participou do Asia, do Emerson, Lake And Powell (com Cozy Powell na bateria) e lançou discos solo. 

No início dos anos 90, o ELP se reuniu novamente lançando dois álbuns:  Black Moon e In the Hot Seat. Em 1998 o grupo dissolveu-se mais uma vez.

Em 2005 Greg reaparece na cena com sua nova banda: a Greg Lake Band. Fazem uma turnê e lançam um DVD que é bem recebido pela critica e pelo público. No entanto,em 2006 o projeto é interrompido em virtude de problemas gerenciais.



Greg ainda fez participações com artistas famosos. Finalmente após uma longa batalha contra o câncer, Greg foi vencido pela doença e nos deixou em 8 de dezembro de 2016.

Seu legado ficou para as gerações futuras. Um grande músico, compositor e intérprete que fez história no rock mundial e ajudou a popularizar o rock progressivo. Nem sempre foi compreendido e chegou a ser criticado em algumas fazes. Hoje observando sua obra percebemos que Greg não estava preso a um rótulo. Adeus Greg...


sexta-feira, 25 de novembro de 2016

A música atual é um lixo?

Hoje eu resolvi perguntar para mim mesmo. Afinal, a música produzida atualmente é um lixo? A resposta vai depender de que tipo de música estamos falando...


Se levarmos em consideração a música de massa produzida para consumo rápido, que visa lucro e que enxerga a peça musical como um produto feito para ser consumido, esquecido e substituído, não há a menor dúvida de que mais de noventa por cento do que é produzido nas linhas de montagem da grande mídia é lixo sem conteúdo e que só serve para trilha sonora de uma sociedade burra. Mas se formos observar os novos artistas que não aparecem na grande mídia, que não tem patrocínio de grandes corporações e nem incentivos governamentais vamos descobrir que existe muita coisa boa sendo produzida e com conteúdo musical, técnico e intelectual de altíssimo nível.

Atendo-se a este segundo segmento, a resposta para a pergunta do título desta postagem é: não! A musica atual não é um lixo. Não vou nem sair do Brasil, pois existe muita coisa boa sendo produzida em solo tupiniquim. Sei que não serei justo e vou deixar muita gente boa de fora, mas fazer o quê? É a vida!

Sei que tem muita coisa boa na MPB, chorinho, samba de raiz, etc mas como bom roqueiro que sou, vou me ater a nova geração do bom e sempre novo Rock'n Roll. Neste primeiro artigo sobre a nova safra de bandas vou citar três que me impressionaram muito...

Sioux 66

Hard Rock de primeiro mundo, a banda paulista, Sioux 66 apresenta uma musicalidade fenomenal. As influências de Aerosmith, Guns e outras, do gênero, são evidentes mas com uma identidade própria e letras em português, algo raro no gênero. Formada em 2011 estão no segundo álbum com a parceria da Sony Music. Vale a pena conferir o som dos caras.



Purpura Ink

Mais uma banda de Hard Rock oitentista estilo Glam pra ninguém botar defeito com uma pegada que te apanha pelo ouvido. Este quinteto do Maranhão é simplesmente perfeito. Seu primeiro álbum, Breakin’ Chains, possui todos os elementos do estilo, com riffs grudentos, peso e solos na medida certa aliados a um vocal excelente e tudo produzido com muita dedicação e qualidade. Escute que você não vai se arrepender.

Purpura Ink - Perfil no Facebook


Corazones Muertos

Para quem curte a base do punk rock, como eu, esta banda é um achado e como todo legado punk, tem uma história no mínimo inusitada. Corazones Muertos começou sua história no início dos anos 2000 na Argentina e lançou cinco álbuns. Mais de uma década depois Joe Klenner, atualmente erradicado no Brasil, resolveu reviver a banda, em 2013, com uma formação brasileira e o resultado é surpreendente. Basta dizer que os caras já tocaram como a banda do Mickey Leigh, irmão do Joey Ramone em São Paulo. O som dos caras é excelente principalmente para quem curte NY Dolls, Ramones, Hanoi Rocks, Sex Pistols, Dead Boys e Johnny Thunders And The Heartbreakers. Curte aí.

Corazones Muertos - Perfil no Facebook



Pois é, o rock nacional está muito bem servido e te garanto que tem muito mais. Aos poucos vou mostrando por aqui o que está rolando por aí. Sem esquecer que na cena underground cristã também tem muita coisa boa que logo estarei divulgando. Curte ai e vamos dar uma força pras coisas legais do nosso Brasil.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Modos & Estilos #011 - Van Halen - Van Halen

Quem me mostrou pela primeira vez o álbum de estréia da banda americana, Van Halen, foi meu amigo Hamilton. Foi um tapa na orelha, pois nunca havia escutado nada naquele nível. Estou falando do álbum homônimo da banda, lançado em fevereiro de 1978.



O Van Halen foi fundado pelos irmãos Eddie e Alex Van Halen, holandeses de nascença que migraram para os USA em 1962, ainda crianças. Desde pequenos os irmãos estudavam piano e inicialmente Eddie era baterista mas seu irmão Alex se mostrou melhor com as baquetas e Eddie foi para a guitarra.

Em 1972 fundaram uma banda chamada Mammoth que contava com Eddie Van Halen na guitarra e vocal, Alex Van Halen na bateria e Mark Stone no baixo. Em 74 Michael Anthony assume o baixo e David Lee Roth os vocais. Algum tempo depois descobriram que havia outra banda com o mesmo nome e, por sugestão de David, mudaram o nome para Van Halen, com sua formação clássica.



Em 1976 o grupo conseguiu sua primeira demo, produzida por Gene Simons do do KISS, mas houve pouco interesse das gravadoras. Mas após várias matérias elogiosas do Los Angeles Times, o produtor Ted Templeman resolveu conhecer a banda e no outono de 77 assinou um contrato com a trupe e em dezembro do mesmo ano é lançado o álbum, Van Halen, que iremos analizar a partir de agora.

O Álbum


O disco abre com a matadora Runnin' With The Devil que trata exatamente disso, de alguém que descobriu que a vida não é nada fácil e está disposto a tudo para chegar a algum lugar e por isso está correndo com o diabo. Em seguida temos o tema instrumental Eruption que mostra toda a técnica de Eddie nas seis cordas. Não se engane, ninguém tocava deste jeito naquela época e foi realmente impactante. A terceira faixa é o sucesso estrondoso You Really Got Me, dos ingleses do Kinks, faixa obrigatória nas festas de garagem e que fala daquela garota que deixa o cara perdido. Na sequencia, outro sucesso. O riff pegajosos de Ain't Talkin' 'Bout Love pega de primeira. A letra é uma conversa com alguém que está no fundo do poço. Depois temos I'm The One, rápida com outro riff contagiante é rock'n rolll da melhor qualidade a letra mostra que os caras não são nem um pouco modestos e tem plena consciência de são bons no que fazem e rola até uma capela boogie woogie muito legal. Jamie's Cryin' é letra de curtir um fora mas a música tem uma pegada muito boa. Baixo bem marcado, bateria precisa guitarra econômica e vocais bem elaborados. Mostra o lado mai pop da banda. Em seguida temos Atomic Punk com sua abertura que lembra um trem. Hard rock bem tocado que fala sobre os subterrâneos que margeiam o status quo vigente. O baixo é muito bem trabalhado e o solo é nervoso. Feel Your Love Tonight é puro sexo adolescente e sem compromisso. É a cara da banda: diversão sem preocupação. Com um pé no blues e no soul Little Dreamer da uma quebrada no ritmo alucinado com um pouco de introspecção mas sem perder o peso. O riff passeia por toda a canção, as vezes com a guitarra e outras com o baixo. Boa composição. Caminhamos para o fim com Ice Cream Man que começa com uma pegada mais rockabillye acústica que depois ganha peso. Totalmente praiana, esta "melô" do sorveteiro é realmente bem bacana de se ouvir. O trabalho fecha com On Fire, tipico som de encerramento de show com aquele gosto de quero mais. Guitarra sensacional, vocais lembram muito o hard rock dos 70s. Excelente escolha para encerrar o primeiro álbum

Conclusão


Van Halen, o álbum, é um excelente trabalho de estréia. Musicalidade e testosterona a flor da pele. Diversão o tempo todo sem nenhuma pretensão de discutir conceitos ou fazer denúncias. Ouvindo agora, as letras até soam meio bobas mas a música continua, atual e impactante. Um álbum que deve fazer parte de qualquer discoteca básica que se prese. Confira abaixo.


Você pode adquirir o álbum em MP3, CD, Vinil ou K-7 em:
https://www.amazon.com/Van-Halen-Reissue/dp/B00122IYJY/ref=sr_1_2?ie=UTF8&qid=1479862160&sr=8-2&keywords=van+halen

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Legacy Of Kain - Greta

Foi com grande entusiasmo que fui informado pelo vocalista Jason Ribeiro, sobre o lançamento do primeiro trabalho de estúdio da banda curitibana de metal, Legacy Of Kain. O LOK é formado por músicos com grande experiência na cena musical nacional. Jason Ribeiro (vocal),  Angelo Torquetto (guitarra), Karin Serri (guitarra), Leon PS (baixo) e Tiago Rodrigues (bateria) formaram um grupo que vem com uma proposta séria, de qualidade e, com certeza, duradoura. A banda debuta com um EP, gravado em outubro de 2016 nos estúdio Silent Music (Curitiba) com capa desenhada por Carlos Fides. O EP GRETA...



São apenas três músicas de um trash metal de primeiro mundo super bem produzido e que não cansa. As melodias, o peso, o vocal agressivo porém facilmente compreensível e cantado em português sem soar estranho como é comum em algumas bandas. As letras são inteligentes e profundas levando a reflexão. Mas vamos as músicas:

Não Justifica - Fala das atitudes injustificadas que temos ao longo da vida e das dificuldades em se viver na realidade caótica que nos cerca. Um chamado aos homens e mulheres de bem para estarem preparados para o que está por vir. A batida é nervosa e intercalada por momentos de reflexão. Guitarras excelentes, tudo na medida certa, sem as tradicionais fritações que muitas vezes estragam o gênero.
Tudo a Perder - Os elementos do Trash tradicional com uma levada mais moderna. Guturais no momento certo, riffs matadores. A letra fala da necessidade de nadar contra as correntes de um sistema invertido em valores onde os conscientes são vistos como os loucos.
Epiphania - Mais uma música que nos leva a querer lutar e reagir, mostrando as nossas misérias e as necessidades de se formar uma nova geração mais consciente. 

Greta é um EP que nos deixa com vontade de ouvir mais. Bacana a evolução musical dos caras que com o amadurecimento sabem dosar as técnicas. Enfim, um álbum para escutar e re-escutar inúmeras vezes.

A banda disponibilizou o download gratuito no endereço abaixo:


Curta também o Lyric Vídeo de Não Justifica


Modos & Estilos #10 - The Jimi Hendrix Experience - Are You Experienced

Se compararmos as performances de Jimi Hendrix, na guitarra, com as técnicas atuais vamos dizer que ele era um bom guitarrista, mas se viajarmos no tempo e formos para os anos 60 quando nenhuma dessas técnicas haviam sido criadas veremos que ele era um alienígena. Johnny Allen Hendrix, nome de nascimento posteriormente mudado para James Marshall Hendrix, nasceu em Seatlle em 27 de novembro de 1942. Em 1966 foi para a Inglaterra através do empresário e músico  Chas Chandler que o ajudou a formar o The Jimi Hendrix Experience que contava com o baixista Noel Redding e o baterista Mitch Mitchell.



A banda lançou três álbuns de estúdio que mostram um amadurecimento musical impressionante que infelizmente não durou muito tempo, por conta de desavenças pessoais entre os músicos. Dos três álbuns vou me ater ao primeiro não por ser o melhor dos três mas pelo impacto que causou na época com suas faixar inspiradores e inovadoras. O lendário Are You Experienced



Are You Experienced, mistura baladas, psicodelia e blues tradicional numa receita eletrizante que só não chegou ao número um das paradas por conta do fantástico Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band dos Beatles. É considerado por vários especialistas, o melhor álbum de estréia de todos os tempos, e foi eleito o quinto álbum mais importante da era do rock. Foram lançadas duas versões do álbum. Uma inglesa e outra americana ambas com 11 faixas. Na versão inglesa ficaram de fora as canções Purple Haze, Hey Joe e The Winds Cries Mary lançadas na forma de singles. Posteriormente as versões foram relançadas com as faixas faltantes incluídas como bônus e em 2010 foi feita uma versão remasterizada com 17 faixas.

Independente das versões, Are You Experienced é um álbum simplesmente arrebatador que mostra o que é possível quando se juntam mentes brilhantes. As experiências de estúdio de Jimi com amps, pedais e efeitos de edição o baixo bem trabalhado de Redding e a bateria energética de Mitchell nos levam a uma experiência sonora sem precedentes. Mesmo hoje, quase cinquenta anos após seu lançamento este disco mexe com os sentidos e ainda soa de vanguarda.

Versão inglesa

  1. Foxy Lady
  2. Manic Depression
  3. Red House
  4. Can You See Me
  5. Love Or Confusion
  6. I Don't Live Today
  7. May This Be Love
  8. Fire
  9. Third Stone From The Sun
  10. Remember
  11. Are You Experienced?

Versão americana

  1. Purple Haze
  2. Manic Depression
  3. Hey Joe (Billy Roberts)
  4. Love Or Confusion
  5. May This Be Love
  6. I Don't Live Today
  7. The Wind Cries Mary
  8. Fire
  9. Third Stone From The Sun
  10. Foxy Lady
  11. Are You Experienced?

Ouvindo

Para uma análise vou descrever a versão remasterizada com suas 17 faixas

Purple Haze - É o hino da psicodelia e das viagens de ácido e as experiências sensoriais provocadas pelos alucinógenos. Seu riff marcado com a bateria seca no início é como um martelo batendo dentro do cérebro do ouvinte. O vocal tem um tom de desespero pela insegurança entre a realidade e o mundo proporcionado pelas substâncias.
Manic Depression - Fala de relacionamento conturbado e do amor pela música. A pegada é acelerada com uma bateria alucinada que não para nunca. Já se ouvem as microfonias e os solos rápidos que marcam.
Hey Joe - Um clássico que conta a história de um homem traído que atira na mulher adúltera e foje para escapar da lei. A canção é do músico americano Billy Roberts. Ficou imortalizada na versão de Hendrix. Uma balada que contagia.
Love Or Confusion - Mais uma história de relacionamento. O trabalho da bateria é marcante. A guitarra é nervosa e transmite bem o clima de confusão que a letra fala.
May This Be love - É uma das minhas preferidas. Um clima de calma abientado na onda de psicodelia que permeava a música produzida nesta época. O trabalho de estúdio é muito bacana com os sons passeando de um canal para outro. Sensacional.
I Don't Live Today - Mais uma peça que mostra muita angústia de alguém que não está totalmente certo do que procura. O riff é marcante e qundo não é feito pela guitarra é continuado pelo baixo. O final é bem caótico.
The Wind Cries Mary - Blues arrastado que parece tocado em um bar. Uma peça de extrema beleza. Só ouvindo mesmo. Tem muitas referências de Stones e Dylan.
Fire - Mais uma música sobre garotas. Rock'n Roll da melhor qualidade com os elementos que marcam o estilo.
Third Stone From The Sun - Um belo exemplo de psicodelia Sci-Fi com toques jazzisticos mostrando a vasta escola musical. Baixo firme, bateria bem trabalhada, efeitos de estúdio, uma música mágica.
Foxy Lady - Mais um música feita para alguém especial. Realmente o cara gostava de garotas. O clima da canção é bem sugestivo e é um dos clássicos de Jimi. Peso e swing numa mesma música na medida exata.
Are You Experienced? - Mais uma psicodelia lisérgica e bem explícita cheia de experimentos de estúdio solos caóticos e uma levada hipnotizante.
Stone Free - Um dos singles que entrou como extra na versão remasterizada. As drogas são evidentes e tentam explicar toda a rebeldia de alguém que no fundo se sente prisioneiro. Lembra os Mods a lá TheWho.
51st Anniversary - Segue a mesma linha musical de Stone Free mas fala de relacionamentos familiares, casamentos bem sucedidos e mal acabados. Aliás família parece ser um drama recorrente na vida de Jimi.
Highway Chile - Rock'n Roll misturado com R&B contando a história de um andarilho que sai com sua guitarra vagando pelo mundo vivendo aventuras e desventuras. Muito boa de ouvir e curtir!
Can You See Me - Outra a lá The Who focada na necessidade de companhia feminina. Mais uma vez o baixo e a bateria dão toda a energia necessária para as seis cordas de Hendrix.
Remember - A letra é um pedido para que a garota perdida se lembre de como era legal estarem juntos. Rock na veia e no coração.
Red House - Não há o que falar de Red House, Blues arrastado de quem foi abandonado pela garota. Guitarra trabalhando o tempo todo que influenciou muita banda famosa por aí. Sensacional!

Não resta dúvida de que este álbum é um marco na história da música mundial. Revolucionário tanto nos conceitos musicais como nas técnicas e manipulação de estúdio. Inovador em todos os sentidos. E mesmo após meio século ainda surpreende e nos faz entender a genialidade destes três músicos. Pena que as drogas tenham interrompido a produção musical deste mito chamado Jimi Hendrix.

Ta esperando o que? Ouça logo!

sábado, 5 de novembro de 2016

O Projeto Divino e Sua Lógica

Eu tenho uma pessoa muito próxima de mim que se tornou ateu de uns tempos para cá. Confesso que não estou muito preocupado pois seus argumentos são muito frágeis e inconsistentes e seguem uma linha similar aos que eu utilizava em minha fase ateísta. Aquelas perguntas tradicionais do tipo: Se Deus é bom, porque as pessoas sofrem? Se Ele é poderoso, porque não salva todo mundo. Porque Ele permite o mal? Além das afirmações costumeiras, como: É injusto pessoas irem para o inferno. Isso não é cientificamente comprovado. Etc, etc, etc.... Mas não é sobre isso que eu quero falar. Esta introdução é apenas para explicar que eu fiquei meditando neste cabedal de motivos e motivações usados para justificar a descrença do indivíduo citado e cheguei a uma conclusão. Trata-se de uma visão pessoal, que eu quero compartilhar com o intuito de enriquecê-la e aprimorá-la através das opiniões de mentes mais bem preparadas do que a minha.

Em primeiro lugar devemos entender que Deus é Rei! Esta afirmativa nos descortina uma série de constatações, um tanto óbvias, mas que muitas vezes não levamos em consideração. Bom! Se Deus é Rei então Ele reina e se Ele reina é porque existe um Reino onde Ele reina. E preciso entender que existe uma diferença entre o que é reino e o que não é reino. Deus é sobreano e a sua presença, ciência e poder não encontra limites ou barreiras temporais, materiais ou espirituais. Mesmo seus inimigos mais confessos como, Satanás e seus seguidores, ainda que se oponham a vontade de Deus, estão sujeitos à sua soberania. Já o Reino nos leva a pensar em um lugar ou condição onde esta soberania é exercida mediante o prazer em fazer a Sua vontade, onde os súditos o são por opção e alegria.

Quando Jesus afirma em João 18.36 que Seu reino não é deste mundo, Ele não está dizendo que não possui poder. O que ele nos faz entender é que neste mundo, que jaz no maligno, a vontade do Pai não é executada de modo a manifestar o reino. Mas o que é preciso para fazer parte deste reino? No Evangelho escrito por Mateus, este conta-nos que Jesus ao fazer seu famoso sermão da montanha (ou do monte) aponta duas característica que levam as pessoas a obterem este reino. Em Mt 5.3 Jesus fala dos pobres de espírito e no versículo 10 ele também se refere aos perseguidos por causa da justiça e mais: ele afirma que o Reino dos Céus é destas pessoas.

Isto me levou a pensar que Deus está fazendo uma seleção de pessoas capacitadas, por Ele, para possuírem o reino e os requisitos são: pobreza de espírito e justiça. Existem muitos estudos a respeito do significado de pobreza de espírito mas em resumo significa uma pessoa que tem a consciência da sua impotência e da sua total dependência de Deus. Um bom exemplo é do Rei Davi. Tudo o que Davi realizava de grandioso atribuía a Deus e tudo o que fazia de errado atribuía a si mesmo. Trata-se daquele que se propõe a não viver mais o seu próprio eu e submete-se a plena vontade de Deus. Paulo nos ensina este principio em Gálatas 2.20 quando escreve: "vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim". Esta atitude de submissão conduz a prática da justiça que invariavelmente produzirá a perseguição. É este o tipo de pessoa que já faz parte do Reino e pode manifestá-lo aqui neste mundo.

Confesso que isto me preocupa. Pois as conveniências do dia-a-dia nos transformam em não praticantes da justiça divina e a meritocracia imposta em nossas mentes nos tornam presunçosos ricos de soberba nos afastando mais e mais do Reino de Deus! Precisamos rever nossos conceitos!



sábado, 22 de outubro de 2016

Experimentar é preciso!

Experimento Holy Factor - Logo Oficial

Minha escola musical começa lá nos anos 70 com muito Pink Floyd, Deep Purple e Led Zeppelin. Depois foram vindo outras bandas como: Uriah Heep, Focus, Emerson Lake Palmer, Yes, Triumvirat, Supertramp, Mutantes, etc. Muita coisa mesmo complementada com rock nacional, MPB, chorinho e por ai vai. Nos anos oitenta veio a fase punk que me levou a tocar.

Montamos as bandas Maus Elementos (Punk Rock) e Paz Armada (Hardcore Oldschool), ainda passei pelo Resistência Nacional (Oi) e O Corte (Pós Punk).

No final dos anos noventa descobri a beleza que existe no Evangelho de Jesus. Através do cristianismo comecei a tocar em grupos de louvor até que em 2002 montamos o CHC (Punk Rock) e em 2010 o Safra Vintage (Hard Rock) em 2013 veio o Holy Factor (Punk Rock) que foi a realização de um sonho que resultou em um Álbum e um EP digitais e a participação em três coletâneas, sendo uma delas internacional, pela Thumper Punk Records da Califórnia.

Com o crescimento da cena Underground cristã e do Punk Cristão poderia continuar na mesma linha com a certeza de mais participações em coletâneas e, quem sabe, um álbum físico. No entanto, devido as muitas influências musicais veio a vontade de fazer um trabalho mais diversificado sem estar atrelado a um rótulo.

Por essa razão o Holy Factor agora se chama Experimento Holy Factor assumiu uma nova identidade visual e está preparando um novo material com novas canções e releitura de algumas antigas.

Confira nos vídeos abaixo um trecho do que estamos preparando...