terça-feira, 11 de abril de 2017

Transformando Vidas e Viabilizando Histórias

O serviço social é a espinha dorsal da igreja e quando é departamentalizado transforma esta em um organismo deficiente!
Um dos grandes equívocos que costumamos observar nas instituições religiosas de vertente cristã é a departamentalização de atividades que deveriam ser lugar comum na vida de todos os membros da organização religiosa. Uma dessas atividades é a assistência social, uma prática que deveria estar impregnada em nosso DNA evangélico mas que, na maioria das vezes, é relegada a um departamento encarregado de distribuir cestas básicas ou emprestar a caminhonete da congregação para fazer alguma mudança para um irmão menos abastado. Mas a pergunta é: é isso que a Bíblia nos ensina? Então vamos a ela.

Tiago, diz, que a verdadeira religião, que agrada a Deus, é ajudar os órfãos e viúvas em suas necessidades. Jesus, disse que se, deixarmos de alimentar os famintos, vestir os nus e não visitarmos os encarcerados é como se deixássemos de servir a Ele. Em Atos, lemos que os discípulos prosseguiam no repartir o pão. Temos muitos outros exemplos que não cabem neste pequeno texto, mas que deixam claro que a assistência social é a verdadeira demonstração visível de que somos realmente cristãos. É a materialização do amor ao próximo. Não existe Evangelho sem esta característica. Mas este assistir a sociedade que nos cerca vai muito além de uma cesta básica.

Uma vez que somos sal e luz, de acordo com as sagradas escrituras, temos por objetivo, dar um sabor agradável a vida dos outros, devolvendo a estes outros, independente de serem cristãos ou não, o gosto pela vida, pela família, pelo trabalho e pelo simples fato de serem humanos, irmãos na carne e imagem e semelhança do Deus que afirmamos servir. Como luz, devemos iluminar suas vidas para que enxerguem nitidamente os caminhos por ande andam e possam tomar as decisões acertadas que contemplem os outros dos outros, transformando-se em novas luzes e novos sais neste mundo tão escuro e tão amargo. Isto é ser cristão!

Não basta dar um prato de comida. É necessário convidar o outro a sentar-se a mesa para já não ser outro e sim, um de nós. Não basta uma oferta polpuda, antes, devemos reintegrar os outros ao convívio social para que sejam nós. Propagar o Reino é oferecer a possibilidade de que os outros também façam parte deste Reino. Nossa missão, neste reino, não é desfilar em carruagens ou exibir nossas vestes reluzentes em uma baile de gala, mas entrar, dia após dia, no submundo cuja as portas não podem nos impedir e tirar de lá, um a um, os prisioneiros. É possível, é necessário, é a única maneira de sermos quem dizemos ser!

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Existe  um Reino Encantado, tão distante e tão perto, que foi inaugurado há dois mil anos por um Rei que havia sido morto mas reviveu. Seus súditos o viram vivo e depois Ele subiu para o seu trono e os súditos receberam a incumbência de transformar outros mortais em súditos também. O Rei lhes deu uma chave mágica que está num livro que carrega grande poder. Com esta chave eles podem entrar nos mundos inferiores, quebrar as correntes, curar as feridas e resgatar os prisioneiros. Os prisioneiros que aceitarem fazer parte do Reino recitam um encantamento que os livra e os transforma em súditos também. Juntos, eles comem, se divertem, cantam e dançam e trazem mais gente triste para virar gente alegre. Fazem isso todos os dias, enquanto aguardam a volta do Rei que virá buscá-los. Então serão felizes para sempre. Amém!


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